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“Receita de felicidade”: qual é a sua?

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Diferente da maioria dos “normais”, costumo trabalhar nos fins de semana e feriados. Se me importo com isso? De maneira alguma! Caso deseje sair no meio da semana e sumir por uns dias, só me programo e faço, na medida do possível. É o meu tipo de liberdade. De qualquer forma, estou sempre fazendo o que gosto. 

Mas ando bem cansada. Às vezes, é bom não fazer nada!

Ontem, cheguei em casa e consegui tirar um cochilo à tarde. Meia hora de “siesta” foi suficiente pra acordar revigorada e com vontade de “botar pra quebrar” fazendo o quê? Adivinhem!…

Quem disse “arrumar e sair pra balada” não deve me conhecer!

Algumas horas depois, ainda estava eu de avental e barriga no fogão, numa produção tipo “slow food”: já tinha feito pão, cozinhado brócolis e quinoa, sopa de frango e cogumelos( aproveitando uma sobra de caldo de legumes), grelhado peito de frango e filé mignon, preparada a “mise en place” para o risoto do domingo e aguardava “dar o ponto” do caldo de carne, que vinha cozinhando em fogo brando, desde o início dos trabalhos. 

Como de costume, ouvia música enquanto cozinhava: fado e novos cantores portugueses têm feito minha cabeça e acarinhado meus ouvidos, ultimamente ( embora, haja fases da MPB, ou de músicas dos anos 80 pra trás, depende do “mood” do momento! Podem me chamar de velha!). 

“’Tá tudo muito bom (bom) 

‘Tá tudo muito bem (bem) 

Mas realmente 

Mas realmente 

Eu preferia…” 

Estar na rua?…

Eu já estava cansada, de novo, lembrando que no domingo iria trabalhar, de novo…foi um momento de fraqueza ( quem nunca?), mas 

bateu aquele minuto de lezeira! Comecei a sentir uma pontinha de pena de mim( deem um desconto, pelo fato de eu ser canceriana, a rainha do drama!), afinal, o que fazem as pessoas solteiras, em pleno sábado à noite? 

Veio o Tico em socorro ao Teco e arrazoei:

Peraí! Será que realmente gostaria de estar na rua, num frio de lascar, ouvindo um tipo de música que não gosto, comendo uma comida que não gosto, sorrindo, às vezes forçosamente, para os outros, às vezes, em companhias que não prezo, e fazendo de conta que me divirto, quando na verdade, só queria estar em casa, sozinha?

Não é uma crítica a quem gosta de sair, ir pra balada! É uma defesa pra quem, como eu, prefere divertir-se de outra maneira. Cada um à sua própria! 

Vai ter o dia pra sair com as amigas, fazer um programa diferente que se estenda madrugada adentro, mas muitos, até à maioria dos outros dias sobrará pra ficar em casa sozinha, ouvindo música, com um prato de sopa no colo e um copo de chá na mão, na cama, em frente à TV. O importante é estar presente por inteiro em cada momento, podendo fazer do corriqueiro algo especial. 

E foi essa segunda opção que escolhi pra mim. 

Estar em paz com as próprias escolhas e decisões, e em conformidade com elas viver, é o que mais se aproxima da definição de felicidade, pra mim. Não há receita de bolo, mas é por aí!

A frase do pôster que ilustra este post é do Coragem Pra Tudo e casou com o insight da última noite, por isso, está a caminho de uma das paredes da minha casa. 

https://www.instagram.com/coragempratudo


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